BOLA TORTA
Celso de Lanteuil
Delhi, 16/11/2011
Sobre o caos do trânsito e as nuvens de fumaça numa cidade grande
Exageradamente partido
O mundo está
Substancialmente rachado
O mundo está
De um lado a noite
Do outro o dia
Aqui abraços
Dando a volta estilhaços
Sorriso neste canto
Gritos assustados do lado de lá
Aqui sobra o pão
Ali no chão não nasce um único grão
Nossa esfera está torta. Caminhamos apressados
E nem percebemos que andamos para trás
É um embate contínuo
Avançar e recuar
Nosso planeta vive a chorar
Pelos bichos, pelo ar. Chora pelas matas, rios e mar
Não consegue é ser convincente
Em mostrar que está muito doente
São os plásticos, as queimadas, os transgênicos
São as guerras
Essas armas, os escravos
E a fome, e o poder
Exageradamente torta essa bola está
Substancialmente partida, ela está
Vai ficando cinza, barulhenta e mais violenta
E parece que quase ninguém consegue notar
Maravilha companheiro! Parabéns pelo texto, pelo blog. Só não podemos ficar parados e deixar, simplesmente, a bola rolar.
ResponderExcluiré verdade meu amigo, mesmo torta ela vai rolar do mesmo jeito e temos que estar agarrados nela, ora por cima, ora por baixo, mas vamos rolando e respirando, e observando as mudanças...
ResponderExcluirmande o endereço do seu blog Jurandi para eu incluir no meu, eu ainda sou novo nessa praia e fico meio perdido com esses recursos...
obrigado e um grande abraço,
celso
Parabéns pela fotografia e pelo poema (e pelo blogue ainda a descobrir)!
ResponderExcluirGostei muito
Sara Monteiro