Celso de Lanteuil
Porto, 25/10/2018
Não existe democracia sem riscos. Não existe cidadania sem se correr riscos.
Foi na nossa democracia que se permitiu o aumento do discurso de NÓS e ELES.
Foi também durante a nossa democracia que conseguimos colocar nas ruas as bandeiras do Brasil e descobrir a farra com o dinheiro público, através das revelações trazidas pelo Mensalão, Petrolão e Lava Jato.
Nossa democracia já conseguiu em menos de trinta anos impedir dois presidentes de governar, já prendeu o principal líder popular do país, que permanece preso, assim como vários governadores, um ex chefe da casa civil, ministros, líderes políticos de grande relevância e personalidades da nossa alta esfera de poder.
O risco sempre existirá numa democracia.
O risco do aparelhamento do estado ocorrer por conta de um grupo político e das suas ideologias, ou de uma facção criminosa que tente assumir o poder e assim nossa cidadania venha a esmorecer.
Na nossa democracia, temos assistido os índices de violência se alastrarem sistematicamente, a miséria continuar a crescer, o lixo tomar conta das escolas, as filas nos hospitais darem a volta nos quarteirões, o desemprego de milhões levar profissionais para a informalidade e nosso IDH, aquele que o nosso povo conhece (não falo das estatísticas do IPEA/PNUD Brasil) e constata piorar assustadoramente.
Mas, apesar de tudo isso e de outros desequilíbrios ainda maiores, a democracia no Brasil segue se ajustando e já mostrando que não é apenas "fake news".
Revelando que o brasileiro está mudando e não gosta de ser enganado, e não é mais tão facilmente manobrado, como até recentemente acontecia, antes do advento das mídias instantâneas.
Nossa democracia também não é made in USA, nem socialismo europeu, tão pouco liberalismo inglês, nem a Alemanha dos anos 30 que nos trouxe o nazismo, como muitos formadores de opinião querem nos fazer crer.
Nossa democracia é acima de tudo e de todos, aquela repleta de diversidade, que renovou através do voto, 87% dos nossos senadores! E, colocou no cenário político, cidadãos sem partidos ricos a lhes dar visibilidade.
Nossa democracia renovou na Câmara dos Deputados mais da metade de seus parlamentares.
Ela ainda flutua entre esses dois extremos que chegaram ao segundo turno, isso é uma verdade. O ELE NÃO e OS ELES NÃO. Mas é entre esses dois extremos que ela faz a sua caminhada de amadurecimento, tentando sair da puberdade e se tornar um adulto consciente.
Para aqueles que já se esqueceram, foi na nossa democracia do "tudo pelo social" e do "sem medo de ser feliz" que se organizou a falência da Varig, destruindo um dos maiores, se não o maior, símbolo de eficiência do país no exterior.
Como resultado dessa vergonhosa ação, testemunhamos a saída de cerca 600 pilotos do país, além da direta desorganização do setor aéreo, um calote ao próprio Estado e um prejuízo econômico direto e indireto, que atingiu cerca de cem mil pessoas.
Isso tudo sob a batuta do chefe maior de um governo que sempre se intitulou em defender a classe trabalhadora, na ação direta de seu principal líder, conhecido mundo afora como "Esse é o cara", conforme disse o carismático Obama.
Portanto, a democracia no Brasil segue firme e se por um lado ainda perdemos na qualidade daquilo que se propõe, ou nas práticas políticas dos nossos candidatos, por outro lado temos as bandeiras do Brasil e o povo nas ruas, se manifestando, e dizendo através do voto aquilo que não mais querem para o país.
Entendam isso. Peço respeito ao que sou, por aquilo que acredito e defendo. Peço respeito ao meu voto e ao candidato que o nosso povo vier escolher.
É o mínimo que espero de você que me lê, cidadão que se diz disposto a defender os direitos fundamentais que o sistema democrático possui.
Por fim, a partir de primeiro de janeiro de 2019, a minha vigília continuará sendo aquela que venho tentando aperfeiçoar, desde o movimento das Diretas Já.
Porto, 25/10/2018
Não existe democracia sem riscos. Não existe cidadania sem se correr riscos.
Foi na nossa democracia que se permitiu o aumento do discurso de NÓS e ELES.
Foi também durante a nossa democracia que conseguimos colocar nas ruas as bandeiras do Brasil e descobrir a farra com o dinheiro público, através das revelações trazidas pelo Mensalão, Petrolão e Lava Jato.
Nossa democracia já conseguiu em menos de trinta anos impedir dois presidentes de governar, já prendeu o principal líder popular do país, que permanece preso, assim como vários governadores, um ex chefe da casa civil, ministros, líderes políticos de grande relevância e personalidades da nossa alta esfera de poder.
O risco sempre existirá numa democracia.
O risco do aparelhamento do estado ocorrer por conta de um grupo político e das suas ideologias, ou de uma facção criminosa que tente assumir o poder e assim nossa cidadania venha a esmorecer.
Na nossa democracia, temos assistido os índices de violência se alastrarem sistematicamente, a miséria continuar a crescer, o lixo tomar conta das escolas, as filas nos hospitais darem a volta nos quarteirões, o desemprego de milhões levar profissionais para a informalidade e nosso IDH, aquele que o nosso povo conhece (não falo das estatísticas do IPEA/PNUD Brasil) e constata piorar assustadoramente.
Mas, apesar de tudo isso e de outros desequilíbrios ainda maiores, a democracia no Brasil segue se ajustando e já mostrando que não é apenas "fake news".
Revelando que o brasileiro está mudando e não gosta de ser enganado, e não é mais tão facilmente manobrado, como até recentemente acontecia, antes do advento das mídias instantâneas.
Nossa democracia também não é made in USA, nem socialismo europeu, tão pouco liberalismo inglês, nem a Alemanha dos anos 30 que nos trouxe o nazismo, como muitos formadores de opinião querem nos fazer crer.
Nossa democracia é acima de tudo e de todos, aquela repleta de diversidade, que renovou através do voto, 87% dos nossos senadores! E, colocou no cenário político, cidadãos sem partidos ricos a lhes dar visibilidade.
Nossa democracia renovou na Câmara dos Deputados mais da metade de seus parlamentares.
Ela ainda flutua entre esses dois extremos que chegaram ao segundo turno, isso é uma verdade. O ELE NÃO e OS ELES NÃO. Mas é entre esses dois extremos que ela faz a sua caminhada de amadurecimento, tentando sair da puberdade e se tornar um adulto consciente.
Para aqueles que já se esqueceram, foi na nossa democracia do "tudo pelo social" e do "sem medo de ser feliz" que se organizou a falência da Varig, destruindo um dos maiores, se não o maior, símbolo de eficiência do país no exterior.
Como resultado dessa vergonhosa ação, testemunhamos a saída de cerca 600 pilotos do país, além da direta desorganização do setor aéreo, um calote ao próprio Estado e um prejuízo econômico direto e indireto, que atingiu cerca de cem mil pessoas.
Isso tudo sob a batuta do chefe maior de um governo que sempre se intitulou em defender a classe trabalhadora, na ação direta de seu principal líder, conhecido mundo afora como "Esse é o cara", conforme disse o carismático Obama.
Portanto, a democracia no Brasil segue firme e se por um lado ainda perdemos na qualidade daquilo que se propõe, ou nas práticas políticas dos nossos candidatos, por outro lado temos as bandeiras do Brasil e o povo nas ruas, se manifestando, e dizendo através do voto aquilo que não mais querem para o país.
Entendam isso. Peço respeito ao que sou, por aquilo que acredito e defendo. Peço respeito ao meu voto e ao candidato que o nosso povo vier escolher.
É o mínimo que espero de você que me lê, cidadão que se diz disposto a defender os direitos fundamentais que o sistema democrático possui.
Por fim, a partir de primeiro de janeiro de 2019, a minha vigília continuará sendo aquela que venho tentando aperfeiçoar, desde o movimento das Diretas Já.
Nenhum comentário:
Postar um comentário