terça-feira, 7 de maio de 2013

QUE ARTE É ESSA

Jaqueline no piano e Liliane no vocal
Fazendo Arte, Paquetá, Abril 2013
 

QUE ARTE É ESSA…
Celso de Lanteuil
Salamanca, 02 de Janeiro de 2013
 
Que arte é essa que faz pintura virar depoimento
Ferro tornar-se movimento
Vidro modificar o momento
Moldura valorizar o instante
Bronze eternizar um beijo
Máscara ocultar o proibido?
 
Arte que nasce do homem
Desde o primeiro expressar
Que vai se transformando e mudando
Com esse curioso humano
Obscuro, rude, ignorante, assustado
Que segue diante do Sol...
 
Vai artista, atento sem saber
Amolecendo o bruto que há em você
Errando para aprender
Dominando para conquistar, conquistando para ser
Amando e odiando. Plantando e destruindo
Libertando e sufocando
 
Vai nascendo e crescendo
Malabarista inventor!
Persistente em alguma dor
Nesse caminhar de extremos
Onde de tudo aprendemos
E desaprendemos num piscar
 
Mago da criação, usa da imaginação
Insiste com a madeira a fazer seu documento
Arame, prego, espinho
Corrente, papel, ouro, metal
Vai deixando seu registro, não importa se desigual
Do que amou, lutou, sofreu, perdeu ou ganhou



Em frente mágico da vida
Quer no mármore, argila, azulejo
Esmalte, restos de papelão e latão
Produz sua expressão
Para que outros possam sentir
Esse pulsar que não para de seguir
  
Desse modo vai. Construindo e desconstruindo
O velho e o novo, se agarrando e partindo
Numa outra forma de dizer
De cantar, fazer rir ou chorar
Retratando a experiência da vida
Esse ritmo que não pode parar



The Potato Eaters, Van Gogh Museum
Amsterdam, 03-2013
 

 

2 comentários:

  1. Arte em Paquetá foi muito BOM!!! Todos que entravam naquele quarto pegavam um instrumento e com alegria de criança se soltavam, se revezavam no piano, no violão, na gaita, na guitarra, no microfone... Nada ensaiado, tudo espontâneamente improvisado!!! A bateria é merecedora de uma foto!!! O espirito músical ali presente dava as boas vindas a qualquer acorde, harmonia ou ideia musical. E eu, só ouvindo, em estado de êxtase, sabedora que momentos como esse jamais se apagarão da minha memória. Salve salve os Mundins, ao Celso e aos amigos que lá apareceram.... Merci beaucoup por essa tarde inesquecivel!!!

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  2. É verdade querida, foi muito bom mesmo! Nada combinado e dessa mistura de vontades, mais do que tudo, foi saindo uma feijoada musical que alimentou um batalhão e nós ali entre os Mundins, cantarolando, improvisando, sorrindo juntos... Quero mais!!! bjs

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