segunda-feira, 16 de março de 2015

QUE POVO SOMOS NÓS?


QUE POVO SOMOS NÓS?

Celso de Lanteuil
Rio, 15 de Março de 2015


Nosso povo é uma grande mistura
Nasce e cresce de muitos jeitos
Experimenta de tudo um pouco
Uns vivem pela metade, outros vivem por inteiro


Esse cidadão, é o que há de melhor e pior
Alguns seguem politizados, outros muitos, uns alienados
Convivem entre nós, algozes, democratas e outras coisas mais
E nessa mistura confusa, não sabe bem o que faz

Conservadores, reacionários, trabalhadores, malandros
Há de tudo um pouco, nesse “muitos” que é o brasileiro
É o fascista, o ético, egoísta, altruísta e o intolerante  
Que ora se esconde, ora se revela, conforme a hora e lugar  


Trinta anos depois dessa nova democracia
Esse dócil e violento, acomodado e revolucionário
Nosso povo ainda mata por um gol
Briga por uma sigla, estrangula por estupidez


E se divide tudo o que tem
Ou doa seu melhor dom
Também trai como ninguém
Numa rotina que nunca tem fim


Que coisa interessante esse povo tupiniquim
Que canta todos os tons e dança tantos ritmos
Mas rouba o próprio irmão
E ao discursar, diz que vive para te proteger


Então quando a cidadania reclama
Cansada da demagogia, que mente, mente e mente
Salvando da enchente um pingo de gente
Num maremoto de merda que avança indiferente


Mistura de populismo, corrupção, mordomias, politicagem e desrespeito
Nessa realidade absurda, criada para proteger
Uma classe que jamais se movimenta
Para esse status desconstruir


Fico imaginando, qual será o destino desse brasileiro
Que tem a identidade múltipla e o pensamento tão diferente
Por vezes sendo um bicho guloso, que luta e vive somente para si
E esquece que é parte de uma nação, alguém importante nessa construção

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