Registro histórico feito por Nick Ut (AP), guerra do Vietnam
Durante e após a explosão de bombas napalm
Museu de Ciência de Londres, 2012
TEMPO APRESSADO
Celso de Lanteuil
National Gallery
Londres, 05/11/2012
Tudo passa. Avião, invenção
Nuvem negra, solidão
Tudo passa bem veloz
Tua história, tua voz
Uma estrada é o que tens
Com saídas e conexões
Tudo voa, vai e vem
Corre rápido, nem se vê
É da vida, coragem
É a vida, vadia
Que se vive, na gula
E nos leva, com ternura. Ou não
Na cabeça, nas viagens
Nessa terra, noutro tempo
Tudo passa. Fraude, pulmão, ave, furacão
Microvida, inveja, ambição, imensidão
Que se enxerga. Que se toca
Invisível. Indivisível
Tudo passa nessa vida. Joia, roupa, conquista
Guerra, festa, saber, moda, poder
É da vida, a fúria. É a vida, do medo
Que nos leva, lutando
Nesse tempo que esfarela
E não consegue permanecer
Vai adiante tempo ágil
Mudando por onde passa
Passado, presente e futuro
Vai moldando, ajustando
Refaz, apaga
Reconstruindo
Sempre seguindo
Em todas direções
Leva a arte, qualquer arte
De fabricar, articular, pintar, costurar e moldar
Da estratégia de mal dizer, de guerrear
Do invento de matar e curar
Leva tudo por onde passa
Infecção, flor, melancolia, fé, adoração
Amor, imaginação, formação, educação
Gentileza, agressão, pedra, rio, vulcão
Só nos deixa o que fomos
O que fizemos e deixamos por fazer
Que se mistura na terra, no ar
Nessa vida que não sabemos explicar
Ponte do Século 14 que cruza o Rio Lima
Este deu origem ao nome da vila mais antiga de Portugal
Ao final desta ponte, outra menor do século 1, construída pelos Romanos
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