Impressões, recados mal criados, desabafos, saudades soltas em palavras. Este é o meu canto que também pode ser seu. Os textos, as músicas e fotos são de autoria de Celso de Lanteuil e só poderão ser copiados e divulgados com a autorização do mesmo.
sábado, 24 de dezembro de 2022
Vida Nada Fácil
terça-feira, 22 de novembro de 2022
Em memória do Cmte Remo Rigon, na foto
e de tantos amigos e colegas que faleceram
sem receber seus direitos trabalhistas e previdenciários
VARIG, VARIG, VARIG 2022
Cmte Celso
de Lanteuil
Em algum
lugar do planeta, 12 de setembro de 2022
Comunicação quebrada. Conexões canceladas
Um
símbolo nacional subdividido
Várias
decolagens abortadas, um apagão nos céus
Uma
dívida rompida. Algumas capitanias hereditárias protegidas
O direito rasgado. A previdência perdida
Um calote
feito às claras
Decisões
judiciais e o trabalhador uma vez mais
É violentado à luz do dia!
A decisão da União diz: Pague-se já!
Entra Governo,
trocam governantes e o tempo passa
Muitos credores
venderam o que tinham para sobreviver
Outros
muitos trabalham no que conseguem fazer
Homens e mulheres, de todos os credos, raças e ideologias
Comandantes, copilotos, mecânicos de voo, comissários de bordo, DOVs
Fornecedores, doutores,
advogadas, secretárias, funcionários da escala de voo
Engenheiros,
técnicos, contadores, um mundo de servidores…
Uniformes, diplomas guardados, não pagam contas
E o
mercado não acolhe tantos certificados e especialistas
A demora
em receber os créditos alerta a morte que espreita
E não quer
saber. O acertado é fato, mas não se materializa
Um direito sagrado, é rasgado
Todos
sabem. Toda gente vê
O absurdo
é vil
As dores que ficam não se apagam, se reverberam
Uma comunidade em alerta, espalhada pelo Brasil e mundo afora
Quem
será o próximo? É mesmo assim que tem de ser?
O tempo segue e milhares de pessoas sentem o descaso
Passa agosto de 2006, voa a decisão de 2014 e 2023 está logo ali…
domingo, 13 de novembro de 2022
MEGALÓPOLE
Celso de Lanteuil,
16/06/2011, retomado em 10/11/2022
Corre, corre, corre
Tudo em você é mega, max, enorme
Pessoas, carros, prédios, ruas, esquinas
Buzinas estridentes
Sorrisos espalhafatosos
Falas amplificadas
Filas que só fazem crescer
Corre, corre, corre
Dona de intermináveis carências
De histórias que não findam
Onde emoções explodem e desaparecem
Lágrimas que nunca acabam
Risos que explodem
Um medo que aumenta ao amanhecer
Corre, corre, corre, tudo em você é intenso
Viadutos, túneis, distâncias
Amigos, ofícios, beijos, abraços, falas apressadas
O direito de ir e vir, quebrado
Vizinhos que não se conhecem
Pais e filhos que mal se observam
Vidas que se esbarram, mas não conversam
Corre, corre, corre, gigante metrópole
Amiga do descaso, do caos, da ansiedade
Indiferente, impaciente e só
Tens em tuas mãos, todos a competir
Nesse seu tamanho, tudo cabe
E ainda vês nascer o sorrir na multidão
Enquanto muitos trazem o coração nas mãos
Corre, corre, corre velha senhora
O último vagão não aguarda
A última consulta não espera
O mercado fecha, luzes apagam, a reunião começa
Corpos esgotados adormecem
Sonhos diminuídos desaparecem
Vontades sufocadas, sufocam
Na megalópole tudo é mega, max, enorme
Trabalho, cansaço, dor, perda, desrespeito
Amor, desamor, indiferença, sexo, celebração
Compaixão, amizades, esperança
Forças que se vão, esperança que chega
Delitos e crimes permanentes, a comida cara
Um canto para dormir, o bullying que aperta
A cabeça abaixa, os
corpos que pesam
A chuva que alaga ruas, calçadas e casas
O barulho a aumentar
Corre, corre, corre, o silêncio se aproxima
A oportunidade espreita
A realidade corta, a freada assusta, a verdade machuca
O tempo não espera e a vontade insiste pois não se pode parar...
sábado, 8 de outubro de 2022
Sobre Armas 1
SOBRE ARMAS
Porto, 5
de junho de 2022
Reflexões sobre o poema de Sérgio Godinho, Arma de fogo
Livro
O sangue por um fio, Ed. Assírio Alvim
As armas
foram inventadas para matar, é disso que se trata
Matar
quem, quando, como e por quê, são as questões
Muitas
pessoas, algumas tem melhores escolhas, vivem a vida que podem
Não sabem
o que é a paz e conhecem as variadas formas de dor
São
mestres da violência, por necessidade, pelo aprendizado, por vivência
Algumas apanharam
desde sempre, todos os tipos de sofrimento
Desconhecem os abraços, os beijos, afetos e carícias
Para estas,
viver é gritar, bater, levar porrada, ferir e
sangrar!
É estar preparada
para o conflito, uma luta que pode resultar em tragédia
Matar é
interromper um argumento, uma ira que cresce
Um
sentimento de inferioridade, uma frustração oculta, a força do ciúme
Matar é
ganhar aquilo que o grito não conquistou
Para
estes que estão descontrolados, perturbados, perdidos e aflitos
Matar pode
ser a libertação
O fim do
medo, um tipo de felicidade
Uma forma
de acobertar vivências que precisam ser esquecidas
Dificultar
a violência, impedir que um ato violento termine em tragédia...
Posse,
porte, tipos de armas, calibre, uso restrito, contrabando, venda legal
Quem
pode, quem não pode, são temas de Segurança Pública
Todos estes já regulamentados e judicializados pelo Estado
As armas
foram inventadas para matar, é disso que se trata
Matar
quem, quando, como e por quê, são as questões
Armas nas
mãos erradas, é responsabilidade do Estado
Lutar por
um mundo sem armas, é a nossa utopia
Lançamento para breve, da música Tomba e Levanta!
TOMBA E LEVANTA
Letra de
25/11/2013 e música de 27/12/2013
Letra e
música finalmente se abraçaram em Jeddah, no dia 22/11/2014
Diante da
TV, com os dedos a tremer
Ele muda
de canal, tentando esquecer
Um fuzil
que não perdoa, nessa guerra invisível
Que não
para de crescer e a TV tenta esconder
A mãe tem
ao seu lado um menino assustado
O garoto
quer seguir e uma cura pra sorrir
E o homem a tremer, diante da TV
Vai
mudando de canal e tentando esquecer
E se esforça para rir, para cantar
Nesse vai
e vem que segue sem parar
E se
esforça para rir, para cantar
Nesse vai
e vem que segue sem parar
Nessa
troca que esgota
Mudando
ele avança
Amolece, esquece
Tomba e
levanta
Nessa troca que esgota
Mudando ele avança
Amolece, esquece
Tomba e levanta
Ele tomba, tomba e levanta
Ele tomba, tomba e levanta
sexta-feira, 29 de abril de 2022
On this April 29, 2022, Toots Thielemans would celebrate 100 years of age. This is my tribute to Toots, through this song and lyrics I wrote and sent to him in 2011. I thank you for your usual generosity in so many meetings we have had, rare sensibility, beautiful music and for the lovely person you were to me, and also for his adorable wife Huguette.
Neste 29 de abril de 2022, Toots Thielemans completaria 100 anos. Esta é a minha homenagem ao Toots, através desta música e letra que escrevi e enviei a ele em 2011. Agradeço sua generosidade habitual nos muitos encontros que tivemos, sensibilidade rara, música linda e pela pessoa adorável que você foi para mim, e da mesma forma para a sua adorável esposa Huguette.