PARA BITUCA (31/01/2025)
Nascimento pão de queijo
Entre melodias cheias de Marias
Cruzando estradas, jeito faceiro;
Trem bom esse, pés na terra, canto nas calçadas
Café, tutu, couve, torresmo
Faca bem amolada, feição de brasileiro
Bituca da América do Sul, travessia de morro velho;
Feito de timbres e afetos
Marcas e temperos nacionais
Luz inspirando o amanhã
Milton pedaço de mim, parte de nós;
Canto que voa alto e nada será como antes
Festivais, vinis, concertos, canções
Nos bares da vida, nas esquinas
Em partidas e despedidas;
Para cada harmonia
Novas estações
Dissolvendo tensões, partindo grilhões
Ventres livres de calvário e cativeiros;
Milton é Nascimento, peito aberto, voz nas estradas
Atravessando capitais, terras distantes
Travessia sem pressa, jeito mineiro
Trem bom, sim senhora, sim senhor;
Circulando a criar redes, palavras de irmão
Ele caçador de si, mensageiro da paz e do amor
Bituca, artista da poesia
Coração das Minas Gerais, chega aonde o povo vai


