Arraiá Poético da Poesia Andarilha
Leblon,
08/06/2025
Uma gripe me abraçou esses dias e apertou meu corpo até imobilizar meus movimentos. Doíam ossos, músculos, me escapava a respiração, a vista escurecia, as ideias adormeciam e o corpo não conseguia sair do colchão. No dia seguinte, me sentindo melhor, fui ao “tubo” ver o Arraiá Poético da Poesia Andarilha, tentando recuperar a energia perdida, reencontrar as vozes andarilhas e saber das novidades; dos quitutes, das prendas, das tradições, das músicas festivas, da poesia em formato de saia rendada, do chapéu de palha, das rezas para Santo Antônio; e ver como esse encontro virtual celebrou a festa de São João.
E não é que a maravilha desses andarilhos que vivem contentes abraçados na escrita, nessa construção contínua que faz tradição viver, e revivem cantiga, e dançam quadrilha mesmo se diante de uma tela, uma gente que solta balão na imaginação, nos fazendo pular fogueira em pensamento e voltar no tempo com a mente e o coração.
Pessoas que gostam de bordar e colorir as praças da cidade com barraquinhas e bandeirinhas, de fazer quentão, canjica e caldinho de feijão. E, brincar de pescaria, corrida no saco, de malhar o Judas, quebrar moringa com uma venda nos olhos e morder maçã pendurada pelo barbante!
Pois não é que diante da tela do telefone coloquei minha fantasia e encontrei nas vozes andarilhas a magia das palavras que criam sonhos, celebram o viver e fazem o virtual virar emoção em forma de poesia, canto, dança, ternura e melodia. Pessoal bom esse que sabem fazer a vida acontecer mesmo quando estão bem distantes da gente.

Que lindo! Parabéns à Poesia Andarilha inspirando belezas! Que texto bonito!
ResponderExcluirObrigado pela atenção e pelo carinho das palavras.
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